Confira a agenda de mobilizações contra retrocessos do governo Temer

NACIONAL

Greves, protestos e atos públicos serão organizados desde o início da manhã desta segunda (19) contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos da população. SP tem ato a partir das 16h na Paulista
por Redação RBA publicado 18/02/2018 17h04, última modificação 19/02/2018 07h15
PAULO PINTO/AGÊNCIA PT
CUT reforma previdencia
São Paulo – Movimentos sociais e sindical mantém esta segunda–feira (19) como dia de mobilizações, greves e protestos para pressionar o Congresso a cancelar e arquivar definitivamente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência. A decretação de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro pelo governo de Michel Temer, na sexta–feira (16), levou à suspensão da votação da matéria pela Câmara, prevista para ser iniciada nesta terça (20). Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirma porém que a pressão contra o governo deve ser ampliada nesse momento para garantir que o direito à aposentadoria das trabalhadoras e trabalhadores seja mantido.
“A nossa luta é para enterrar de vez a reforma e uma das estratégias é realizar uma forte mobilização no dia 19, com greves e paralisações, além de intensificar as ações nas ruas e nas redes. Nós não podemos aceitar, de forma alguma, que esse governo continue com esse tipo de medida contra os trabalhadores da periferia, como é o caso do Rio”, disse o dirigente.
O dia de atividades, programadas para desde as primeiras horas da manhã em todo o país (confira programação abaixo) terá seu maior ato na cidade de São Paulo onde, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, será organizado ato público, com concentração a partir das 16h. No Rio de Janeiro, manifestação convocada por movimentos sociais se concentra também às 16h na Candelária.
Paralisações nas primeiras horas
Em São Paulo, o dia de mobilização contra a reforma da Previdência terá atos e assembleias de servidores e de professores municipais, além de paralisações dos bancários, químicos e outras categorias. Metroviários farão panfletagem nas estações. No ABC, os metalúrgicos vão parar atividades, assim como químicos e trabalhadores em confecção e professores da rede privada de ensino. Em diversas cidades do interior há atividades programadas.
O presidente do Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, esteve na porta da Volkswagen e da Mercedes Benz, onde ônibus chegavam vazios desde as primeiras horas na manhã desta segunda-feira. "Os trabalhadores estão acatando as decisões de assembleias e estão aderindo ao movimento. Isso deve se repetir na Ford, Toyota, Scania e outras dezenas de fábricas", disse Wagnão, na página da entidade no Facebook.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informa que a categoria também participará das paralisações, inclusive estendendo o movimento até esta terça-feira. Segundo a entidade, a direção da empresa pretende interromper a produção da maior refinaria de destilo, Landulpho Alves-Mataripe, (RLAM, em São Francisco do Conde, Bahia). A medida abre caminho para a privatização da refinaria, que, assim como várias outras unidades da Petrobras, está com a carga de produção muito abaixo de sua capacidade.
Confira a agenda de mobilização nas principais capitais. As informações são da CUT:
Bahia
Em Salvador, terá manifestação no Iguatemi, a partir das 7h. No período da tarde, a concentração começa às 15h para o ato no Campo da Pólvora.
Ceará
Em Fortaleza, haverá atos e paralisações em todas as regiões, sendo a maior delas marcada no centro, a partir das 9h. Haverá uma caminhada pelas ruas do centro com concentração na Praça da Bandeira;
Cariri: 8h – concentração na passarela da avenida Padre Cícero (na CE 292, entre Juazeiro do Norte e Crato);
Crateús: 7h – Praça da Matriz;
Iguatu: 8h – concentração na Praça da Caixa Econômica;
Itapipoca: 8h – em frente ao prédio do INSS;
Sobral: 7h30 – Praça de Cuba;
Vale do Jaguaribe: 5h – concentração no Triângulo de Peixe Gordo em Tabuleiro do Norte.
Brasília
Ato às 17h, no Museu da República.
Espírito Santo
Em Vitória, as 9h, tem concentração na Praça 8 e caminhada até a sede do INSS, onde ocorrerá um ato público.
Mato Grosso
Em Cuiabá, às 8h, tem ato no INSS da Avenida Getúlio Vargas.
Pará
Belém – às 7h, ação nas agências bancárias da Avenida Presidente Vargas. Às 11h, ato no Mercado São Brás;
Marabá – às 7h30, panfletagem em frente à agência do INSS. Às 9h, audiência pública na Câmara Municipal.
Paraná
Curitiba – às 8h, panfletagem no Terminal Guadalupe – esquina das Ruas Marechal Deodoro e João Negrão. Às 9h, panfletagem em frente à agência do INSS. Às 10h, concentração seguida de aula pública na Boca Maldita. A partir das 14h, panfletagem na Assembleia Legislativa.
Pernambuco
Recife – às 15h, ato público no Parque 13 de Maio.
Piauí
Teresina – ato às 8h, na Praça Rio Branco. Outro ato público está marcado no aeroporto da cidade, a partir das 14h.
Rio de Janeiro
Ação no aeroporto Santos Dumont, pela manhã, no embarque dos deputados para Brasília. Grande ato público a partir das 16h, na Candelária;
Campo dos Goytacazes – concentração a partir das 8h no Sindicato dos Bancários, seguinda de caminhada até o Calçadão e encerramento com ato público.
Rio Grande do Norte
Natal – ato a partir das 14h, em frente à agência do INSS da Rua Apodi, no Tirol.
Rio Grande do Sul
Porto Alegre – às 5h, marcha do Laçador até o aeroporto. A partir das 7h, concentração seguida de ato público em frente à agência do INSS da rodoviária. Ato público, às 17h, na Esquina Democrática.
Santa Catarina
Florianópolis – o transporte coletivo municipal ficará paralisado durante todo. A partir das 9h, a CUT e demais centrais sindicais e entidades planejam "arrastão" por ruas do centro para fechar o comércio e agências bancárias. A partir das 16h, concentração para ato público na Praça de Lutas, que terminará com passeata até a agência do INSS;
São Miguel do Oeste – às 10h30, ato na praça central;
Chapecó – 9h, concentração na Praça Coronel Bertaso e ato nos bancos Itaú e Bradesco;
Xanxerê – 13h30, ato em frente ao banco Bradesco;
Criciúma – 8h. ato em frente à agência do INSS;
Caçador – 9h, ato no Largo Caçanjure;
Lages – 14h, ato em frente ao prédio da Previdência Social;
Blumenau – 15h, ato em frente à Prefeitura;
Rio do Sul – 7h, ato em frente à agência do INSS;
Joinville – 13h30, concentração em frente à Tupy. A partir das 16h, concentração e ato na Praça da Bandeira;
Jaraguá do Sul – 13h, ato em frente à empresa WEG;
Canoinhas – 9h; ato na Praça do Chimarrão.
São Paulo
São Paulo – os municipais, filiados ao Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), farão ato e assembleia, às 13h, na Rua da Quitanda. Trabalhadores ligados ao Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) farão ato em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, às 14h;
Químicos e bancários também preparam mobilizações durante todo o dia. Metroviários mobilizam suas bases e farão panfletagem nas estações do Metrô Jabaquara, Itaquera, Brás, Barra Funda, Luz, Tamanduateí e Capão Redondo;
Às 16h, concentração seguida de ato público, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
ABC – Base dos metalúrgicos, composta por 70 mil trabalhadores, se mobilizará por greve desde o início da manhã. Químicos e trabalhadores de confecções também paralisam atividades. Em Mauá, trabalhadores da saúde farão protestos em frente ao Hospital de Clínicas Radamés Nardini. Há previsões de mobilizações em agências e bancárias e centros comerciais das cidades da região.
Baixada Santista – CUT, sindicatos e movimentos ligados à Frente Brasil Popular fazem panfletagem na Alfândega, na Praça da República, no centro histórico de Santos. Às 12h haverá panfletagem e diálogo com a população na Praça Rio Branco centro de São Vicente. Às 18h, as entidades farão ato contra a retirada de direitos, na Praça da Independência, no bairro Gonzaga, em Santos.
Bauru – Movimentos e sindicatos farão ato em frente ao INSS, no centro da cidade.
Campinas – Trabalhadores do transporte, os urbano e os fretados, irão paralisar serviços. Petroleiros, setores de energia e da construção civil também fazem greve. Servidores ligados ao sistema judiciário também mostrarão adesão aos protestos. Encerramento com ato público, às 17h, no Largo do Rosário.
Guarulhos e Arujá – Greve dos condutores e cobradores irá atingir o transporte. Bancários confirmam paralisação nas principais agências. Trabalhadores da construção civil, aeroviários e aeroportuários sinalizam participação ao movimento.
Jundiaí – Sindicatos e movimentos organizam protestos, panfletagem e diálogo com a população no calçadão do centro da cidade, a partir das 9h.
Matão – Metalúrgicos terão assembleias com atraso, a partir das 6h30, nas empresas da região.
Mogi das Cruzes e região – Panfletagem na estação de trem. A partir das 9h30, concentração e ato público na Praça dos Expedicionários.
Presidente Prudente – Trabalhadores e movimento estudantil se concentram a partir das 15h em frente ao INSS, para ato em defesa da aposentadoria.
Ribeirão Preto – Assembleias de trabalhadores e panfletagem no calçadão do centro. Às 17h, está previsto ato no campus do Hospital das Clínicas.
São Carlos – O Sindicato dos Metalúrgicos fará assembleia nas empresas da região. A partir das 9h, concentração na Praça Itália, seguida de marcha até a estação ferroviária. Trabalhadores de Araraquara se somam ao dia de luta neste ato.
São José do Rio Preto e Catanduva – Bancários param as principais agências das cidades. Também haverá panfletagem no Terminal Rodoviário de São José do Rio Preto.
Sorocaba – Os trabalhadores em empresas de transportes urbano, intermunicipal, rodoviário, de fretamento e de cargas irão cruzar os braços por 24 horas. A greve irá atingir os 42 municípios da região, de Araçariguama até Itararé, passando pelos municípios das regiões de Sorocaba, São Roque, Itapetininga e Itapeva. Os metalúrgicos e químicos também sinalizam paralisação nas fábricas.
Vale do Ribeira – 14h, na cidade de Registro, ato público em frente ao INSS, no bairro Vila Tupy.
Sergipe
Aracaju – às 14h, no Palácio dos Despachos, ato unificado dos servidores públicos do Estado.

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