247 - A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder global no mercado de nióbio, projeta um crescimento de 7% na produção do minério para este ano, em comparação com 2017.
A CBMM, de propriedade da família Moreira Salles, com instalações de produção e sede em Araxá (MG), projeta alcançar venda de 70 mil toneladas. Em 2017, a CBMM ficou com 74% de participação do volume mundial. Concorre com a China Molybdenum (ex- Anglo American, que unidade de produção em Catalão (GO), e a canadense Niobec.
Hoje, 90% do consumo de nióbio - cujo preço do quilo está em torno de US$ 36 - vem das usinas de aço. Além de aços de maior resistência para indústria automotiva, de óleo e gás, o nióbio é presença obrigatória na indústria aeroespacial (está nas turbinas de aviões), em instalações petroquímicas e em supercondutores.
Com uma rentabilidade de causar inveja - margem operacional de quase 57% -, a CBMM tem 70% do capital em mãos dos Moreira Salles e 30% com dois consórcios asiáticos - grandes grupos siderúrgicos da China, Japão e Coreia do Sul. Pagaram quase US$ 4 bilhões para ter essa participação na empresa brasileira.
No ano passado, o real mais forte e o cenário adverso de preços derrubaram o resultado da CBMM. Mesmo assim, as margens seguiram altas. Teve recuo de 4,1% no lucro líquido, que fechou o ano em R$ 1,657 bilhão. A cifra já considera o repasse de R$ 600 milhões à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), estatal do governo mineiro, com quem divide as reservas de pirocloro, o minério de onde se extrai o nióbio.
As informações são do jornal Valor Econômico.
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