General Mourão diz que está articulando frente de candidatos militares


Postado em 28 de fevereiro de 2018 às 6:41 pm
Da Piauí:
Ogeneral Hamilton Mourão, que ganhou fama ao defender um golpe militar no país caso o Judiciário não punisse políticos corruptos, agora planeja coordenar uma frente de candidatos das Forças Armadas para as eleições de 2018. “Teremos muitos candidatos oriundos do meio militar – senão em todos, em grande número de estados. Embora concorrendo por diferentes lugares, eles terão uma linha-mestra de ação e um discurso mais ou menos aproximado, com os interesses da nação e dos militares. Eu serei um articulador disso aí”, declarou Mourão à piauí.
Nesta quarta, 28 de fevereiro, em cerimônia no Quartel-General do Exército, em Brasília, o general passou oficialmente para a reserva, depois de 46 anos na ativa. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, elogiou o colega no Twitter. “Soldado na essência d’alma! Sentimos emoção genuína e reconhecimento ao @exercitooficial. Todos te agradecemos amigo Mourão os exemplos de camaradagem, disciplina intelectual e liderança pelo exemplo. #ObrigadoSoldado”, tuitou Villas Bôas.
Agora, Mourão será candidato à presidência do Clube Militar do Rio. Disse que usará a entidade como “polo aglutinador” das candidaturas dos colegas de farda e fórum de debates. Contou que três partidos – se recusa a dizer quais, “pois não seria ético” – o procuraram para negociar uma candidatura dele próprio nas eleições, mas que não se interessou. “Fui sondado para [concorrer a] presidente, governador [do Rio e do DF], senador e deputado federal. Mas minha visão é que, face a essa fragmentação político-partidária, existe uma certa fragilidade para se entrar no jogo partidário sem estar devidamente organizado para isso.”
Por ora eleitor declarado de Jair Bolsonaro (PSL), o general não descarta a possibilidade de concorrer em outubro. Afirma que pode mudar de ideia caso haja uma “hecatombe nuclear”. E o que seria essa hecatombe? “Se por acaso o processo político não transcorrer de forma organizada, se não tivermos mais candidatos que possam representar interesses de uma parcela da população e que eu me veja compelido a participar do jogo político como candidato.” (…)


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