O Rio, tranquiilo, espera a apoteose da Tuiuti

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Amigos que estão no desfile das campeãs do Carnaval relatam um clima de tranquilidade.
No Metrô da Praça XI, o mais próximo do Sambódromo, nem mesmo polícia havia, só Guarda Municipal.
Nada perto do apocalipse em que nos descrevem.
O grande “crime” de hoje, por aqui, foram os “sequestros” de funcionários da Light em subúrbios do Rio.
O resgate? Religarem a energia elétrica de quem está sem luz há três dias, desde o temporal, empleno verão, com seu calor e pernilongos.
Fora isso, transita-se livremente pela cidade, salvo pelos lugares onde, há 30 anos, todo mundo sabe que não ser pode “chegar, chegando”.
As fotos de blindados que você verá amanhã, nos jornais, eram para proteger o “Vampirão”na cidade onde não pode andar sem isso.
Volto às notícias da Sapucaí.
Povão, só na pista, porque o preço é salgado, mas nas arquibancadas, há alegria e expectativa.
Todo mundo sabe que vão explodir na hora do desfile  da Paraíso do Tuiuti.
Irônico que a escola que fica ali pertinho do Largo do Pedregulho, sede do lendário Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, volte a ter a voz política que de lá veio há mais de 50 anos.
Definitivamente, o Haiti não é aqui.
Não se precisa do vudu para saber  que o  “Fora Temer” vai fazer um metacanto sobre o belíssimo samba da escola.
Como se o Chico Buarque  estivesse cantando o seu “vai passar/nessa avenida/um samba popular”.
Não tem importância que a Globo, prevenida, não vá passar na TV.
Porque, valha-me outra vez outra vez o Chico, o povo, como os poetas, sabe ver na escuridão.
Quer segurança, sim, mas quer liberdade e justiça.
A intervenção federal começa em samba e vergonha.
Que os que foram escalados para ela o percebam, para que não acabe em drama.

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