247 - Diversos pedidos sigilosos de diligência foram feitos ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura supostas irregularidades na edição de um decreto sobre portos, envolvendo Michel Temer. Os pedidos correm em segredo de Justiça e dependem de autorização do ministro do STF Luís Roberto Barroso.
Relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso afirmou ser necessária a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Temer e de outros investigados. Não está claro, porém, se a quebra desses sigilos está entre as diligências já requeridas pelos delegados.
Hoje à tarde, o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, fará reunião com Barroso para explicar as declarações de que o inquérito não conteria indícios contra Temer. Segovia dirá que foi mal-interpretado e entregará ao ministro uma transcrição da entrevista concedida à agência de notícias Reuters, em que deu as polêmicas declarações.
A fala de Segovia gerou críticas públicas de diversas entidades da PF e do Ministério Público. Delegados do Núcleo de Inquéritos no STF, responsáveis pelo inquérito envolvendo Temer, ameaçaram recorrer ao tribunal se houver interferência nas investigações.
Segovia então fez encontros com delegados, agentes, peritos e papiloscopistas para dar a mesma justificativa de que sua fala foi mal interpretada. A corporação agora aguarda com atenção o resultado do encontro do diretor-geral com Barroso.
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