Postado em 18 de abril de 2018 às 3:31 pm
Do Datafolha:
Os brasileiros estão mais céticos com os
resultados da Lava Jato no combate à corrupção no país: 51% acreditam
que depois da operação a corrupção no Brasil irá continuar na mesma proporção
de sempre, índice superior ao registrado em abril (44%) e setembro (44%) do ano
passado. O índice dos que acreditam em diminuição dos níveis de
corrupção passou de 45% para 44% entre abril e setembro de 2017 e agora caiu
para 37%. Os demais avaliam que a corrupção irá aumentar após a Lava Jato (10%
atualmente, ante 7% há um ano) ou não opinaram sobre o tema (3%).
O grau de desconfiança em relação à queda na
corrupção tem grande variação entre os diversos segmentos da pesquisa. Entre
os homens, por exemplo, 44% acreditam que a corrupção irá diminuir no país após
a Lava Jato, índice que cai para 30% entre as mulheres. Os
mais jovens, de 16 a 24 anos, também são mais pessimistas (29%
acreditam em queda no nível de corrupção) do que os demais (entre quem têm de
25 a 34 anos, o índice sobe para 35%, e vai a 43% entre quem tem de 45 a 59
anos). Também há diferença aqueles que estudaram até o ensino fundamental (34%
veem queda na corrupção) e os brasileiros que chegaram ao ensino superior (46%
têm a mesma opinião). A análise por renda mostra que, na parcela dos mais
pobres, com renda mensal familiar de até dois salários mínimos, 30% avaliam que
após a operação haverá queda na corrupção, índice que vai a 54% entre os mais
ricos, com renda familiar superior a 10 salários.
Entre os brasileiros que declaram votar em Lula em
um das situações de 1º turno (C), 24% acreditam em diminuição da corrupção.
Essa taxa contrasta com a registrada pelos que pretendem votar em Bolsonaro
(52%), Barbosa (55%) e Álvaro Dias (55%), presidenciáveis com o índice mais
alto de otimismo com relação à Lava Jato. Na parcela dos que veem a prisão de
Lula como justa, 47% veem queda no nível de corrupção após a operação, o dobro
do registrado entre quem vê a prisão do petista como injusta (24%).
Para 68% dos brasileiros, uma parte dos políticos
citados até o momento em delações premiadas na Lava Jato serão presos, mas a
maioria deles ficará livre. Os demais avaliam que a maioria será presa,
mas alguns não (16%), ou que todos serão presos (11%), além de 3% que não
opinaram ou que respondem que ninguém será preso (1%). Em abril do ano passado, 72% opinavam que
alguns desses políticos seriam presos, mas a maioria não, 7% acreditavam que
todos seriam presos, e para 13% a maioria iria para a prisão, e alguns ficariam
soltos.
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