NA ALDEIA E NA CIDADE, SOMOS INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE


A UNE Volante chegou em Belém, na Universidade Federal do Pará no dia 19 de Abril, que está no calendário oficial do Brasil como o dia do Índio.
A primeira edição da UNE Volante aconteceu em 1960, onde a pauta reivindicatória central da UNE era a defesa da democracia e as implementação das reformas de base proposta por João Goulart. A reforma universitária, a ampliação do acesso a universidade era a bandeira central naquele momento.
Quase 60 anos depois reeditamos a UNE VOLANTE e encontramos a universidade com sua base social radicalmente transformada pela luta histórica do movimento estudantil, e pelos 13 anos de governos populares que colocou no centro da política educacional a expansão das universidades públicas, aumento do número de vagas e criação de programas de acesso, como as cotas raciais, sociais e para os povos originários e quilombolas.
Hoje a comunidade indígena da universidade se reúne para falar dos desafios e vitórias dos povos indígenas na universidade. Acabar com o preconceito, defender a universidade pública do desmonte que um governo ilegítimo quer impor, manter as portas da universidade abertas para os povos originários são as lutas centrais dos mais de 80 estudantes indígenas da UFPA.
“ A gente sofre ainda racismo, preconceito, mas fazemos valer nossa resistência, nossa história. Nossa luta conquistou o acesso da Universidade e nós vamos permanecer aqui. Somos mais de 80 indígenas na universidade e vamos ser mais. Viemos da nossa aldeia, mas ninguém deixa de ser indígena, isso está na nossa alma. E vamos voltar para nossa aldeia com o conhecimento que ajudamos a construir na universidade”. Virgínia Arapaçu,natural do Amazonas, estudantes de administração da UFPA.

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