Cultura









Paralamas do Sucesso leva 7000 pessoas ao seu show na Virada Cultural em Sorocaba.


  
grupo Samba de Vitrola
Hebert Viana/Paralamas do Secesso
fotos Emir Bechir
Com uma apresentação desconcertante o grupo Paralamas do Sucesso se apresentou no Parque da Águas, para um publico de aproximadamente 7000 pessoas, no último sábado dentro da Virada Cultural em Sorocaba.  Abriu à apresentação o grupo Samba de Vitrola com um show correto, e que fez a platéia vibrar e se aquecer para grande apresentação da noite.  Pontualmente à 00.00 hora subiu ao palco a banda comandada por Hebert Viana. 

Numa apresentação memorável, o público presente cantou e dançou ao som dos principais hits desta que é uma das maiores bandas da música brasileira. Acompanhe as fotos:


Capela Santo Antonio e Casarão dos escravos



Do jornal da estância

         O Título já faz uma analogia e podemos até sentir a beleza deste espaço, hoje tombado pelo Iphan mas lamentavelmente sem exploração turística alguma.
         Um local abençoado, cercado de verdes de todos os tons e sempre encoberto de um azul radiante, merece um destaque e uma atenção para atrativos turísticos.
         Podemos imaginar aquele local ornamentado com personagens a caráter, trajando vestimentas do século XVIII, com negros em uma coreografia apropriada mostrando as dificuldades que enfrentavam na época do trabalho escravo, ensinando aos nossos jovens a dar valor aos dias atuais, onde tudo se pode, já quase não há mais discriminação os jovens são os protagonizadores de grandes cenas onde o cenário é a própria existência ao meio em que vivem.
         Quando pensamos em cultura sempre remetemos aos jovens não só por serem o futuro de nossa nação, mas também por terem uma existência a explorar.
         Evidentemente que necessitam saber sobre seu passado, estudando a história de seu meio de vida, sua gente, seu município.
         Ficamos sonhando por ver uma aula de história sendo ministrada no gramado em frente ao casarão, um piquenique no intervalo para desfrutar das sombras e da paisagem que rodeia aquele majestoso local, sem mencionar que podemos promover uma jornada de contos e estórias, uma encenação teatral ao ar livre, um Alto de Páscoa por exemplo.
         São inúmeras as idéias e as vontades de nossa gente. Que fazendo turismo ou aproveitando o ensinamento cultural que o local nos propicia, só nos resta rogar a Santo Antonio que um dia alguém consiga abrir os olhos e dar mais atenção ao patrimônio que temos.


Roque Gabriel Rodrigues
Roquinho Fotógrafo



 

Na comemoração do Dia Nacional do Circo artistas pedem apoio governamental


São Paulo e Brasília - Artistas e representantes de entidades ligadas ao circo afirmam que mesmo com a concorrência de outras opções de cultura e entretenimento existentes hoje, não falta público aos espetáculos circenses. Ainda assim, às vésperas do Dia Nacional do Circo, comemorado ontem (27), eles pedem mais apoio governamental à categoria, principalmente por parte de prefeituras e estados.
Segundo a diretora-presidente da Academia Brasileira do Circo e vice-presidente da União Brasileira de Circos, Marlene Querubim, os cerca de 2,5 mil circos em atividade no país chegam a atingir um público mensal estimado em 1 milhão de espectadores, empregando cerca de 35 mil profissionais diretos.
“O circo é a maior casa de espetáculos do Brasil. Porque ele consegue chegar em lugares onde o cinema, o teatro e outros espetáculos não conseguem”, afirma Marlene, que dirige os circos Spacial e dos Sonhos.
A ideia de que o circo um dia possa se tornar inviável por falta de público é descartada pelo presidente da Associação Brasileira de Circo (Abracirco), Camilo Torres. Para ele, apesar das muitas dificuldades, a atividade transmitida de geração em geração não está sequer ameaçada.
"Mesmo com as várias formas de entretenimento hoje existentes, o circo ainda encanta. O lúdico, o imaginário, a fantasia, a graça de um palhaço, a pirueta de um malabarista, o talento de um trapezista ou acrobata ainda são muito fortes e fazem parte do imaginário popular", reclamando, contudo, da falta de uma política nacional que abranja todo o segmento circense e de maior apoio por parte das secretarias municipais de Cultura.
Entre os problemas mais citados pelos vários entrevistados estão a falta de locais apropriados nas cidades onde se apresentam, excesso de burocracia e, consequentemente, da demora na liberação de documentos e na instalação de serviços como água e luz, além dos valores das taxas cobradas.
Administradora do Circo Internazionale di Napoli, Pollyana Pinheiro, reclama da falta de estrutura na maioria das cidades por que passa e dos custos. “Na maioria dos locais a que vamos acabamos em terrenos particulares. Chegamos a pagar até R$ 30 mil de aluguel por mês. Precisamos fazer muitas apresentações para pagar isso e às vezes não conseguimos sequer cobrir as despesas. Tentamos não repassar estes custos para o preço dos ingressos, mas se não tivéssemos que pagar tantas taxas eles poderiam ser mais baratos”.
Outra queixa comum diz respeito aos mecanismos públicos de financiamento da atividade. Para Torres, houve avanços recentes, mas eles ainda são insuficientes. Entre as conquistas, Camilo cita o fortalecimento de prêmios de estímulo às artes circenses, como o Carequinha, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), e de programas estaduais de incentivo a artistas e grupos circenses, como os existentes, por exemplo, em São Paulo e Minas Gerais.
“Embora os valores ainda estejam aquém das reais necessidades da categoria e, em geral, bem abaixo dos destinados ao teatro, cinema e à música. O aspecto positivo é que são mecanismos transparentes”, afirma Torres, lembrando também da importância da realização de festivais como os da cidade de Limeira (SP).

Estadão - 06/03/2011
Topa tudo por dinheiro
Uma semana após "Trabalho Interno" ganhar o Oscar denunciando a impunidade dos responsáveis pela crise de 2008, Rajat Gupta, ex-executivo da Goldman Sachs pode ser preso por ‘insider trading’





LITERATURA


Estadão
Moacyr Scliar, o mestre da ironia - por Felipe Fortuna, poeta e diplomata
Escritor gaúcho morto domingo tinha sua matriz ficcional no texto hebraico
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110302/not_imp686340,0.php



MÍDIA

Escrevinhador

Emir Sader nem tomou posse na “Casa de Rui Barbosa” e já apanha da mídia


CULTURA





                                                              
RBA
Aos 73 anos, morre o escritor Moacyr Scliar
Moacyr recebeu três vezes o prêmio Jabuti, em 1988, 1993 e 2009, assim como prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte em 1989 e o Casa de las Americas em 1989.
Sua obra foi marcada pela aproximação com o imaginário fantástico e com a investigação da tradição judaico-cristã, tendo como temas dominantes a realidade social da classe média urbana no Brasil, a medicina e o judaísmo
Folha
Corpo de Moacyr Scliar será enterrado na manhã de segunda-feira
O corpo do escritor gaúcho Moacyr Scliar será velado neste domingo (27), a partir das 14h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande de Sul, em Porto Alegre. O sepultamento acontecerá na segunda-feira (28), às 11h, no Cemitério Israelita de Porto Alegre
Brasital

               Uma antiga fábrica têxtil que hoje podemos chamar de indústria da cultura.

            Como sabemos, toda indústria tem seus altos e baixos, suas crises, faturamento, expedição, estratégia de mercado, logística dentre muitos itens que agregam seu potencial em difundir um determinado produto.



REVISTA

            Nossa indústria da cultura de São Roque, porque não dizer da região é nosso orgulho, pela beleza natural que permeia sua arquitetura exuberante e bela.
            Lamentavelmente muitas são as criticas que levam a nada e poucos são os interessados em fazer desta indústria um exemplo de faturamento de pessoas visitando suas dependências e expondo suas artes sejam elas em telas, músicas, fotografias, apresentações dentre tantas formas de faturar um ensinamento consciente e transparente para nossas crianças de 1 a 99 anos, expedição de nossos artistas sãoroquenses ou não, que amam nossa terra e aqui dão sua participação cultural através de suas obras, estratégia de mercado estudantil, trazendo em suas dependências todas as escolas de nosso município para participarem ativamente de atividades criadas pelo departamento de cultura, logística de ensino, onde cada visitante pode distribuir a seus familiares a maior divulgação consciente e lógica, o seu depoimento.
            Isso parece sonho ou projeto de sonhador, porém é tão fácil e possível, quando se tem vontade política e se ama sua terra natal.
            Espero ter contribuído para abrir a mente com idéias que se postas em prática farão da nossa querida Brasital a verdadeira indústria da cultura, sem crises e sadia de ensinamentos.



Roque Gabriel Rodrigues      



ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Revista Espaço Acadêmico - Edição 116 - Janeiro 2011
Dica da RedeCastorPhoto
Reuters
Grã-Bretanha lança plano de US$390 milhões para alimentação saudável
LONDRES (Reuters) - O governo britânico apresentou neste domingo um plano de 250 milhões de libras (390 milhões de dólares) financiado pela indústria para promover a alimentação saudável no país. A meta é fornecer a milhões de pessoas tíquetes que dão direito a descontos na compra de alimentos saudáveis.
O governo de coalizão está promovendo o esquema como parte do programa Change4Life, que tem como objetivo combater o elevado percentual de obesos na população por meio de estímulos para consumo de alimentos saudáveis e para exercícios físicos
LIVRO
Folha - 03/01/2011
Primeiros empresários que investiram no petróleo foram ridicularizados, diz livro
Vencedor do prêmio Pulitzer em 1992 na categoria não-ficção, "O Petróleo"ganha nova edição. O livro, de autoria de uma das maiores autoridades no assunto, Daniel H. Yergin, traça a abrangente história do combustível mais importante do mundo, colocando-o no centro das decisões mais importantes do século 20.
O autor mostra de que maneira o petróleo influenciou guerras, suscitou transformações tecnológicas e gerou as maiores riquezas do planeta. Nesta edição revista, ampliada e ilustrada, povoada por nomes como Churchill, Hitler, Stálin e Saddam Hussein, o leitor brasileiro poderá encontrar também um epílogo com informações essenciais sobre o contexto do país no que diz respeito ao assunto e as perspectivas do pré-sal.
Saiba mais
  
TELEVISÃO
Estadão - Caderno TV - 02/01/2011
Pág. 4 http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2011/01/02/T4.pdf

Estadão - Caderno TV - 02/01/2011
Sansão e Dalila, mais uma superprodução bíblica, estreia na Record, estreia nesta terça-feira, 04/01

R7


A cidade era um vão
São Paulo é cenário dominante da série Amor em 4 Atos: Baseado em canções de Chico Buarque, o título estréia dia 11 na Globo, ondeo nome do músico já foi alvo de veto
CINEMA
Estadão
O ano em que o Brasil venceu
O fenômeno Tropa de Elite 2 foi destaque nos cinemas em 2010; ano teve grandes filmes de Bellocchio, Coppola, Fincher e Nolan.
Embora os críticos vivam dizendo que o sucesso de público não é a única ferramenta - o que eles dizem, na verdade, é mais incisivo, que não é a melhor - para se avaliar a qualidade de um filme, ninguém é louco de subestimar o extraordinário significado da vitória de Padilha e de seu Tropa 2. O filme, além do mais, antecipou um movimento da sociedade e a invasão das favelas cariocas, numa operação policial/militar para erradicar o tráfico, dificilmente teria ocorrido sem o aval do capitão, agora coronel Nascimento da ficção
Revista Piauí
A pausa que diverte - por Eduardo Escorel
Em Tropa de Elite 2, José Padilha mobilizou valores que formam o caldo de cultura das ditaduras: e milhões de espectadores-eleitores parecem ter encontrado a representação da sua descrença política
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao_50/artigo_1443/A_pausa_que_diverte.aspx

 
Entrevista com Tubinho

do Jornal da Estância
INSTALADO NO RECINTO DA FEPEMA EM MAIRINQUE O CIRCO DE TEATRO TUBINHO VEM CONQUISTANDO CADA VEZ MAIS PUBLICO. COM ESTÓRIAS DIVERTIDAS E UM ESTILO ÚNICO É IMPOSSIVEL NÃO DAR GARGALHADAS COM TUBINHO E SUA TURMA. JOSE PEREIRA O POPULAR TUBINHO NOS RECEBEU PARA UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA QUE VC ACOMPANHA AGORA.

JE- DE QUE FORMA AS NOVAS MIDIAS COMO INTERNET, VIDEO GAME, TV, INTERFEREM NO TRABALHO DO CIRCO?
TUBINHO- NAS DÉCADAS DE 50 E 60 ISSO AFETOU DIRETAMENTE O PUBLICO, ERA UMA BATALHA PRATICAMENTE IMPOSSIVEL DE SE GANHAR, MUITOS CIRCOS E CINEMAS FECHARAM PRINCIPALMENTE COM A CHEGADA DA TELEVISAO. NOS DIAS ATUAIS VEJO O INVERSO DA SITUAÇAO, AS PESSOAS BUSCAM NO CIRCO ALGO QUE NÃO PODEM ENCONTRAR NA TV OU NA INTERNET.
JE- COMO VOCE AVALIA A RECEPÇAO DO PUBLICO NAS CIDADES POR ONDE A TURNE SE APRESENTA?
TUBINHO- O INTERIOR E MUITO SEDENTO POR CULTURA, SE EU DISSER PARA QUALQUER UM QUE VOU FAZER UMA TEMPORADA DE TRES MESES NUM CIRCO DE TEATRO COM 700 LUGARES, EM UMA CIDADE COMO MAIRINQUE OU SÃO ROQUE VAO DIZER QUE ESTOU LOUCO QUE NÃO TEM PUBLICO PARA ISSO. MAS NA PRATICA É BEM DIFERENTE, ESTIVEMOS EM IBIUNA, SÃO ROQUE E AGORA EM MAIRINQUE E SEMPRE COM ESPETACULOS LOTADOS DE SEGUNDA A SEGUNDA. O QUE FALTA TALVEZ SEJA A CHEGADA DOS ESPETACULOS NAS CIDADES, DA MENEIRA COMO O PUBLICO QUER ASSISTIR.
JE- QUEM JÁ ASSISTIU OS ESPETACULOS DO CIRCO DO TUBINHO PÔDE NOTAR QUE VOCÊS PROCURAM INSERIR SITUAÇOES OU PESSOAS DO COTIDIANO DA CIDADE ONDE O CIRCO ESTA. ISSO É UMA MANEIRA DE GANHAR O PUBLICO?
TUBINHO- A GRANDE DIFERENÇA DE UM CIRCO TRADICIONAL E UM CIRCO DE TEATRO É QUE O TRADICIONAL FICA POUCO TEMPO NA CIDADE, AS PESSOAS NORMALMENTE ASSISTEM UM ESPETACULO. JÁ O CIRCO DE TEATRO FICA MAIS TEMPO, E NÓS ACABAMOS VIVENCIANDO ESSE COTIDIANO, POIS TAMBEM NOS TORNAMOS MORADORES DA CIDADE NO TEMPO EM QUE ESTAMOS REALIZANDO OS ESPETACULOS. FALAR DESSE COTIDIANO DIVERTE A PLATEIA E NOS DIVERTE TAMBEM.
JE-DEIXE UMA MENSAGEM PARA OS NOSSOS LEITORES DE TODA A REGIAO.
TUBINHO- FOMOS ACOLHIDOS DE UMA MANEIRA INCRIVEL, SÓ PODEMOS AGRADECER AO PUBLICO DA REGIAO E PEDIR A DEUS QUE DEVOLVA EM TRIPLO TODO O CARINHO QUE NOS RECEBEMOS AQUI NO TEATRO.



CINEMA
Época - 18/12/2010
Entrevista: "Não tenho nada a esconder", diz Angelina Jolie
A atriz diz como cria seis filhos, pilota aviões e namora Brad Pitt sem medo de ser espionada
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MÍDIA
Escrevinhador
Nassif e a esquerda que a direita adora!
Atenção: o texto não era do Nassif, mas ele publicou – e apanhou (merecidamente) das feministas. Foi criticado - também – por quem não é feminista mas não gostou nada dessa história
http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/nassif-e-a-esquerda-que-a-direita-adora.html

Cine São José, o patrimônio de São Roque que ficou no passado.
do Jornal da Estância
Cine Teatro São José, inaugurado dia 19 de março de 1951, um raro exemplar ainda em condições de restauração.
Através do tempo, ficou registrado na memória dos Sâoroquenses, o exemplo de dedidação e cultura do nosso saudoso Vasco Barioni (Vasquinho), que pela sua pujança audaciosa conseguiu com grande esforço e colaboração de inúmeras pessoas inaugurar aquela casa que foi a maior em nossa cidade e região dedicada inteiramente a cultura da sétima arte.
Hoje em condições lastimáveis e sem previsões para uso cultural até o momento, mostramos nestas paginas de um novo jornal que nasce em nossa cidade o seu estado e clamamos as autoridades e pessoas afins, para que não deixe ir ao vento o sonho de ter a cultura presente na vida de nossos jovens.
No dia 13 de agosto passado, nossa câmara municipal da Estância Turística de São Roque, através do vereador Julio Mariano, fui agraciado com uma medalha referente a pessoas que se destacaram na cultura em nosso município. Medalha esta intitulada Vasco Barioni, dedicada ao fundador do Cine Teatro São José e maior incentivador da cultura desde o ultimo século. Naquela ocasião propus e foi bem recebido por todos, um abaixo assinado pela reestruturação do nosso querido Cine São José.
Esse abaixo assinado esta circulando até o momento por toda nossa cidade e já estamos com milhares de assinaturas, ainda é tempo de fazer parte desta lista que em próximo passo levaremos as autoridades, onde através de projetos vamos pleitear a sua reforma para uso de toda nossa gente.
Sabemos que nos dias atuais não será viável simplesmente um cinema de grande porte, porém em sua reestruturação vamos elaborar uma proposta mais abrangente e com plenas condições de retorno aos investidores.
Trata-se de uma proposta de projeto abrangendo amplo estacionamento, bar cultural e espaço para festas e eventos (que darão retorno financeiro) e um teatro mais duas salas de cinema.
Para isso quero deixar aqui nestas linhas uma grande convocação aos moradores de nossa cidade e outras pessoas amante da arte e cultura, não podemos deixar em vão um grande sonho que é de termos aqui em nossa terra uma casa para aulas de musica, teatro, balé, convenções e enfim um local destinado a formar artistas e nós como colaboradores, podermos ver no futuro próximo que valeu a pena aproveitar as crianças para a cultura e quem sabe algumas delas se destacando num cenário artístico de nível cultural nacional.
Roque Gabriel Rodrigues
Roquinho fotógrafo



CEMEC, UMA REALIDADE CULTURAL


do Jornal da Estância

A melhor maneira para conhecer uma realidade cultural chamada CEMEC, em Mairinque, é visitando suas dependências. E, se tiver interesse em conhece-las, visitando todo seu interior, é melhor fazê-lo ainda na parte da manhã, pois durante o dia todo o local está ocupado, seja por alunos do curso de yoga, mantido pela Divisão de Cultura, seja por ensaios de grupos teatrais e dos percussionistas da Banda Sinfônica Conselheiro Mayrink, seja por alunos das Escolas Municipais freqüentando o cineclube.

Neste início de dezembro ocorrerão ainda, todos os dias, as cerimônias de formaturas das escolas municipais, que praticamente ocupam todo o recinto do CEMEC durante o dia todo, com ensaios necessários para as solenidades citadas. A reportagem do jornal esteve visitando o local num destes dias e constatou que o CEMEC é de fato uma realidade.
Conversando com o Antonio, que trabalha no local e também é Diretor Teatral da Companhia Municipal de Teatro, fomos informados que “no período entre março e novembro tivemos quase 800 atendimentos aqui no CEMEC”. Antonio ainda explica; “constatamos que já é possível afirmar que o local está formando um público próprio, acostumado com os eventos aqui realizados”. Antonio fala também do que para ele é um diferencial “com a nomeação, pelo Prefeito, de uma comissão para administrar o local, adotou-se a teoria do acolhimento, que consiste em procurar sempre falar sim, facilitando o uso do local por quem o solicita, e com isto, até agora, nenhuma solicitação de uso foi indeferida”.
Para o ano de 2011, Pelica, que preside a comissão, informa: “Após esse processo de criação de público o CEMEC assume nova etapa, que é de se tornar um pólo cultural para toda a região, tendo em vista a peculiaridade do local, único entre vários municípios que possui, num mesmo local, um teatro para 643 pessoas sentadas, um cineclube para outras duzentas, além de um espaço onde podem ser ministradas oficinas que pode abrigar com conforto outras 150 pessoas.”
E as pessoas que administram o local estão de fato comprometidas com esta intenção de tornar o local um pólo cultural regional. Pelica dá detalhes do que será feito em 2011: ”Já temos agendada, por exemplo, a Mostra Regional de Dança, Mostra Regional de Música Sertanejas, uma Mostra de Teatro, outra de violões, de música instrumental, o que permite, num todo, que já tenhamos agendado para o próximo ano mais de 150 eventos, envolvendo todos os setores da comunidade”.
O CEMEC possui um telefone que é  (11) 4718-2608  e os interessados em conhecer o local podem agendar uma visita dirigida. Antonio, que acompanhou a reportagem e quem costuma acompanhar os visitantes, ainda completa: “uma das dificuldades atuais é o esquema de divulgação, que está aquem das atividades realizadas, mas a partir de janeiro o Pelica estará colocando no ar uma página na internet específica para o CEMEC, que permitirá, em algumas ocasiões, até mesmo transmitir ao vivo determinado evento”.
Para nós, da reportagem do jornal, ficou a convicção de que o local é mesmo mágico e está sendo administrado de uma maneira bastante profissional. Constatamos, em nossa visita, que apesar do local estar cheio de gente (já era a terceira atividade naquele dia), todo o recinto, inclusive banheiros, estava extremamente limpo. E, como uma forma de contribuir, terminamos esta reportagem sugerindo que os leitores, entrem em contato com o CEMEC, passando-lhes seus e-mails, para que possam, a partir de janeiro, ter conhecimento diário do que estará sendo produzido naquele local. tribuir, terminamos esta reportagem sugerindo que os leitores, entrem em contato com o CEMEC, passando-lhes seus emailsma de co



À PROCURA DA SUA MEMÓRIA, CÂMARA DE SÃO ROQUE LANÇA, A CAMPANHA “FAÇA HISTÓRIA”


do Jornal da Estância

Às vésperas de completar 4 meses de sua inauguração, o Memorial  do Legislativo são-roquense, instalado na Câmara Municipal,  já ultrapassa a marca de 1000 visitantes. Para comemorar esse recorde de visitação e também ampliar seu acervo, a Câmara lança, a Campanha “Faça História”. Esta Campanha pretende mobilizar e conscientizar a comunidade da importância da preservação da memória política municipal, que de certa forma se funde à própria História do Município.
A construção deste projeto tem especial interesse em localizar objetos, fotos, recortes de jornais, enfim, materiais antigos que estejam em poder da comunidade, familiares e amigos de ex-vereadores, e que, de uma forma ou de outra traduzem a jornada do nosso Município. Esse acervo deve ser de até 1960.
Assim, a iniciativa da Campanha é a de resgatar a História da Câmara Municipal, de seus legisladores e do próprio Município, incentivando a preservação da memória local e propiciando a participação da comunidade neste ato.

Para participar da campanha basta entrar em contato com a Coordenação do Memorial, na Rua São Paulo, 355, ou pelo telefone  (11) 4712-8444 


Fotos (Visitas)

Inaugurado no dia 15 de agosto deste ano, o Memorial do Legislativo São-roquense,  está instalado na Câmara Municipal, e  já recebeu mais de 1000 visitantes. Entre eles, pessoas da comunidade e inúmeras escolas estaduais e municipais.  O Memorial não trata apenas da história política de São Roque, mas permite uma viagem pelos fatos marcantes da  nossa cidade, colocando o visitante numa linha do tempo com início em 1833, quando a foi instalada a 1ª Casa de Leis no Município. O Memorial conta ainda com uma parte reservada para as “Legislaturas”, onde se registram as composições das Câmaras, em cada período legislativo.
Em uma das vitrines expositivas podem ser observados objetos que pertenceram a ex-vereadores e que estão intimamente ligados à trajetória da Câmara. Entre outros, destacam-se vários pertences do Barão de Piratininga, como suas espadas, inventário, e a colcha que foi utilizada por D. Pedro II, durante passagem pelo Município. No Memorial ainda constam os primeiros registros da Câmara, como posturas e livros-atas, do período de instalação da Casa de Leis, além de um grande número de fotos antigas.

Visitas
De segunda a sexta-feira, das 8h às 17:30 horas. Escolas podem agendar visitas ao Memorial pelo tel. 47848444
PREMIAÇÃO DE FOTOGRAFIAS

BBC
Fotos de 'quilombo urbano' em Salvador ganham prêmio britânico
Imagens que retratam o dia a dia de 60 famílias que vivem em uma fábrica de chocolate abandonada em Salvador foram as vencedoras do prêmio de fotografia britânico Terry O'Neill.
As fotos fazem parte do projeto "Quilombo Urbano", do espanhol Sebastián Liste, que vem documentando as vidas dos brasileiros que formaram uma comunidade nesses prédios em ruínas da capital baiana


João Bid se apresenta no Deodoro

No próximo sábado, dia 18/12, o cantor e compositor João Bid, vai se apresentar no Restaurante Deodoro, em São Roque, acompanhado do músico Celsinho Andrade.
No repertório, bossa nova, Cartola, Chico Buarque, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Lô Borges, Flávio Venturini, Beto Guedes e muito mais....
Além de você ouvir boa música, vai degustar os pratos saborosos que só o Deodoro sabe fazer.


CINEMA

Reuters
James Cameron e Cirque du Soleil farão filme juntos
LOS ANGELES (Reuters) - Parece uma parceria natural: um filme criado pelo cineasta responsável por "Avatar," que mudou o cinema para sempre, e o Cirque du Soleil, a trupe de artistas canadenses que conferiu todo um novo significado ao circo

DIREITOS DOS CÃES

Folha
Sindicato com mil filiados luta por "direitos dos cães"; veja vídeo
Moradores de Higienópolis, bairro de alto poder aquisitivo da região central de São Paulo, andam inconformados com a vida. Insatisfeitos com o que dizem ser mais deveres do que direitos, fundaram um grupo para lutar por uma causa comum, o bem-estar e a prosperidade de ilustres habitantes daquela vizinhança, os cães.
Assim surgiu o Sindicato dos Cachorros, um grupo de cachorreiros, como os donos gostam de ser chamados
  
LIVRO

Escrevinhador
O “Wikileaks” de Moniz Bandeira
Não consigo desgrudar – há duas ou três semanas – do belíssimo livro de Moniz Bandeira sobre a Revolução Cubana: “De Marti a Fidel”.
O livro de Moniz Bandeira recupera a história dos Estados Unidos na sua relação com a América Latina, e mostra – com uma riqueza “wikileakiniana” de documentos – que o Imperialismo não é só uma palavra solta, que serve para enfeitar discursos em assembléias estudantis.
Não. A história dos EUA é – também – a história do Imperialismo. E de como a América Latina reagiu bravamente à tentativa dos Estados Unidos de controlar a economia, o território, a política em nosso continente.
Moniz Bandeira transcreve telegramas de diplomatas (ôpa), desde ó século XIX, e mostra a intersecção dos interesses do Estado norte-americano com as corporações que ganhavam dinheiro a rodo na América Central

ENTRETENIMENTO
 
UOL
Sesc Belenzinho é inaugurado este fim de semana em SP com Pato Fu e Cia. Cisne Negro
A unidade Belenzinho do Sesc é inaugurada este fim de semana na zona leste de São Paulo com uma série de atrações. O espaço ocupa um terreno de 31 mil m² e levou cinco anos para ser concluído -- entre 1998 e 2006, o Sesc Belenzinho funcionou, mas em caráter de unidade provisória. Para marcar a abertura, o local recebe sábado (4) e domingo (5) uma programação de inclui shows, apresentação de VJs, oficinas, espetáculos de dança e teatro


CIÊNCIA
 
BBC
Astrofísico sugere que 'raios em bola' podem ser explicação para óvnis
A visão de alguns objetos voadores não identificados pode ser explicada por fenômenos atmosféricos, como o chamado de raio em bola, diz o astrofísico australiano Stephen Hughes
 
TECNOLOGIA
 
BBC
Comissão Europeia investiga Google por suposta manipulação de resultados
A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) iniciou uma investigação sobre o site de buscas Google após empresas competidoras reclamarem que o site abusa de sua posição de líder no mercado, manipulando os resultados de suas buscas
 
INTERNACIONAL
 
BBC
Vídeo: Neve leva caos a transporte na Europa
 
CINEMA
 
G1
Coppola participa da sessão première de 'Tetro' em SP
Diretor esteve na primeira exibição pública do filme no país, nesta quarta (1).
Estrelado por Vincent Gallo, longa foi filmado em preto e branco na Argentina
 
iG
"Faço filmes como um estudante", afirma Coppola
Em São Paulo para promover "Tetro", cineasta se diz livre para experimentar
 
Deutsche Welle
Berlim exibe volta ao mundo cinematográfica
Festival em Berlim exibe filmes de todo o mundo que não chegam ao circuito comercial na Alemanha. Organizador da mostra é amante da sétima arte e reúne seus longas prediletos todo ano para o público

Quilombola brasileira revela emoção de primeira visita à África

BBC Brasil

 Maria José Palhano (à direita) foi a Guiné-Bissau como parte de projeto
Um grupo de quilombolas - descendentes dos escravos que fugiram de seus donos no Brasil e fundaram refúgios, os quilombos - está pela primeira vez na África para conhecer a terra de seus ancestrais.
A viagem, financiada pela ONG portuguesa Instituto Marques do Valle Flor e pela União Europeia, começou no último dia 17, em Guiné-Bissau, e termina em 2 de dezembro, em Cabo Verde.
A excursão faz parte do projeto "O Percurso dos Quilombos: da África para o Brasil e o Regresso às Origens". O grupo de viajantes é formado por 21 quilombolas brasileiros - todos do Maranhão - e cinco acompanhantes.
"O calor com o que nos acolheram deu a impressão de que já nos conhecíamos há milhares de anos, que realmente somos da mesma família", disse a lavradora e quilombola Maria José Palhano, 50 anos, sobre o contato com os africanos.
"Deu um sentimento de pertencimento, que realmente somos da mesma família e que fomos levados daqui", afirma ela, que é coordenadora da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (Aconeruq), ONG brasileira parceira do projeto.
Deu um sentimento de pertencimento, que realmente somos da mesma família e que fomos levados daqui.
Maria José Palhano, quilombola
De acordo com dados do Conselho Ultramarino, o Maranhão recebeu 31.563 escravos entre os anos de 1774 e 1799, quase metade deles vindos de Guiné-Bissau.
Partilha cultural
A pesquisadora e coordenadora do projeto no Brasil, Verônica Gomes, diz que o objetivo da viagem é de "descoberta e de partilha cultural", promovendo a proteção, valorização e difusão da cultura quilombola.
"A demanda surgiu dos quilombolas brasileiros, que queriam conhecer suas raízes", afirma. "A memória, a oralidade, a territorialidade são princípios na vida dos quilombolas, e isso estará registrado para sempre."
Palhano identificou nos rostos, no gosto da comida, na hospitalidade e na "alegria de viver, mesmo em horas difíceis" as similaridades entre africanos e os brasileiros afrodescendentes.
A visita, segundo ela, veio para reforçar esses laços e essa identidade, assim como para mostrar outras influências que ela ainda não havia notado, como no modo de trabalho.
Guineense participa de espetáculo de dança durante visita de brasileiros
"Nós trabalhamos em mutirão e percebemos que isso vem daqui, pois nas roças por onde passamos, a forma de trabalho é a mesma, as pessoas se ajudam umas às outras", afirma.
A visita a Guiné-Bissau começou por Cacheu, no noroeste do pais. A cidade preserva o forte e o porto de onde saíram escravos com destino ao Maranhão, via Cabo Verde.
Os quilombolas visitaram também diversas tabankas, como são chamadas as comunidades rurais na língua crioula de Guiné-Bissau.
Também foram realizadas apresentações culturais, tanto de etnias guineenses quanto dos quilombolas, ao longo da semana em que os brasileiros estiveram no país.
Música e culinária
Para Álvaro Santos, 50 anos, que dirigiu o espetáculo, o tambor de crioula – dança de origem africana celebrada no Brasil em louvor a São Benedito, padroeiro dos negros no Maranhão - é o traço mais marcante da cultura entre os dois povos.
"Ate hoje, seja em uma comunidade quilombola como em uma tabanka guineense, o som do tambor e usado para reunir as pessoas, para celebrar", afirma.
Apesar de não ser quilombola, Santos diz ter reafirmado nessa viagem sua identidade de afro-brasileiro. "O jeito, o modo, a cultura, e as manifestações culturais de modo geral estão em todos nós", diz. "Não precisei nascer no quilombo, mas precisei me aproximar deles para me sentir mais negro".
Outra identificação entre Cacheu e Maranhão surgiu pela culinária. O cuxá, prato típico maranhense, tem sua origem na Guiné-Bissau. No país africano, ele é conhecido como baguitche – exceto pela etnia mandinga, que usa o mesmo nome que no Brasil.
Do porto de Cacheu, saíram milhares de escravos para o Brasil
"Essa é mais uma prova de que os mandingas estiveram por lá", diz o diretor-executivo da ONG guineense Ação para o Desenvolvimento (AD), Carlos Schwarz da Silva.
Emoção no porto
Para a "veterana" do grupo de quilombolas, Nielza Nascimento dos Santos, 69 anos, o momento mais emocionante foi chegar ao porto de Cacheu.
"Sempre ouvi falar dos meus antepassados, mas nunca tínhamos tido a oportunidade de chegar ate aqui. Agora vamos poder levar a historia para nossa comunidade, para nosso quilombo", diz. "Chorei bastante quando começaram a me contar como os escravos eram transportados para o Brasil."
Depois da visita dos quilombolas, o governo da Guiné-Bissau anunciou que, a partir do próximo ano, irá realizar, coincidentemente com a Semana da Consciência Negra no Brasil, um festival cultural em Cacheu, onde será criado também um memorial da escravatura.
Vários quilombolas relataram o desejo de receber os guineenses no Brasil e de manter contato. "Queremos também ajudá-los, já que a situação aqui é mais difícil do que no Brasil", afirma Palhano. "Lá, lutamos muito e temos água encanada, energia, escola. Aqui, ainda falta muita coisa."

MÚSICA
Reuters
Beatles vendem mais de 2 milhões de músicas em uma semana no iTunes
LOS ANGELES (Reuters) - Os Beatles já venderam mais de 2 milhões de músicas e mais de 450 mil álbuns em todo o mundo na primeira semana desde seu lançamento do iTunes, loja virtual da Apple, informou a companhia nesta terça-feira
Dia da Consciência Negra: equidade para superar desigualdade

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Universidade de Brasília (UnB) foi a primeira universidade federal a estabelecer uma política de cotas raciais para ingresso de novos alunos. Na UnB também funciona o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), coordenado por Nelson Olokofá Inocêncio, professor do Instituto de Artes (IDA). Inocêncio é autor do livro Consciência Negra em Cartaz e um dos responsáveis pela criação de cursos de história e arte afro-brasileira.
Mestre em Comunicação Social, ele conversou sobre o Dia da Consciência Negra com a Agência Brasil. Ele avalia que o país tem se modificado, assumindo a existência do racismo, mas aponta que a diminuição da igualdade vai exigir políticas públicas que promovam não apenas igualdade, mas equidade. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Agência Brasil: Que importância tem o Dia da Consciência Negra?
Nelson Olokofá Inocêncio: Essa data é um marco, foi uma conquista. Quem propôs foi o movimento negro, especificamente o Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, no início dos anos 1970. Esse dia seria, segundo os documentos históricos, o dia que Zumbi dos Palmares foi capturado e morto, quando o Quilombo dos Palmares teria caído nas mãos de Domingos Jorge Velho, bandeirante. Palmares teve uma existência longa e ocupou um pedaço de terra significativo: praticamente todo o estado de Alagoas mais um pedaço de Pernambuco. A data tem um simbolismo enorme, representa a luta da população negra contra o escravismo e a opressão. O Quilombo de Palmares também foi um projeto coletivo. É importante pensar nisso porque a luta contra o racismo também é coletiva e a população negra deve se organizar coletivamente.

ABr: A situação dos negros melhorou desde quando o movimento passou a reivindicar a comemoração da data?
Inocêncio: Eu não posso dizer que nós estamos em uma condição ideal, mas seria ledo engano afirmar que não houve avanço. Se dissesse que não houve avanço, estaria, inclusive, negando o papel do movimento negro na luta pelas transformações sociais, desconsiderando esse legado, essa contribuição significativa do ativismo negro no Brasil nos últimos 30 ou 40 anos. Houve um avanço significativo. Primeiro, um presidente da República reconhecer publicamente que o Brasil produz racismo, que foi o caso do presidente Fernando Henrique no final da sua segunda gestão. Isso é um marco para a cultura brasileira. Até então, o Estado não tinha sequer admitido a possibilidade de ser responsável pela segregação da população negra. Depois, veio o Luiz Inácio [Lula da Silva] que conseguiu desenvolver algumas políticas importantes, como a criação da Seppir [Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial] e a aprovação da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura negra. E o que é mais importante, conseguiu colocar na agenda oficial o debate sobre relações raciais. Isso é conquista. Quem viveu as décadas anteriores, as últimas décadas do século 20, sabe como foi difícil pautar esse tema, como foi difícil colocar esse tema na agenda. Hoje, inevitavelmente, o debate sobre o racismo está convocado.

ABr: O senhor não citou o Estatuto da Igualdade Racial como avanço, por quê?
Inocêncio: O Estatuto da Igualdade Racial poderia ter sido um avanço. Como ativista, me sinto frustrado porque acompanhei todo o trabalho do senador Paulo Paim [PT-RS] na elaboração e na defesa do estatuto que era muito mais pleno, muito mais expressivo e, lamentavelmente, em função da retaliação, da oposição e da direita, sobretudo no Congresso, nós tivemos um estatuto tímido, muito modesto e muito aquém do que ele poderia ter sido. Eu conheço tanto o texto do Estatuto como era cogitado anteriormente,  como o que resultou das negociações no Congresso. Na verdade as negociações foram muito além do possível, nós tivemos que abrir mão de muita coisa, e isso significou um prejuízo. Eu não posso negar a existência do estatuto porque ele foi votado e tem uma relevância, porém muita coisa que ficou fora do estatuto significa um problema.

ABr: Seria estratégico ter segurado a tramitação  do estatuto no Congresso?
Inocêncio: Obviamente, devido à composição do Congresso hoje [na próxima legislatura], nós teríamos mais chances de êxito, um estatuto votado com mais elementos, com mais conteúdo do que foi votado anteriormente.

ABr: Em sua avaliação, o estatuto teve um pivô de resistência dentro do partido Democratas?
Inocêncio:  Óbvio. Não sejamos ingênuos de achar que as elites nacionais vão abrir mão de seus privilégios, assim, da forma mais altruísta, isso não existe. As elites vão fazer defesa do que elas acreditam. As elites nacionais não vão ceder facilmente. É um processo de muita luta e nós não podemos achar que as verdadeiras mudanças na sociedade vão se dar sem tensões. Esse país quis seguir um projeto excludente.

ABr: Há dados estatísticos que revelam melhorias mas também manutenção da desigualdade. Por que esse abismo ainda é tão difícil de ser fechado?
Inocêncio:  Primeiro porque o fosso é muito grande, ele foi construído historicamente ao longo de todos esses anos pós-abolição, ou seja, nós temos mais de um século pós-abolição e agora, no final do século 20, no limiar do século 21 é que a gente tem as primeiras políticas públicas em defesa da população negra, mas é preciso obviamente entender que esse processo será um processo longo, a gente ainda tem que vencer muitas limitações. A gente não pode achar que, com base no princípio da igualdade, a gente vai vencer essas questões. Eu entendo que deve ser levado em consideração nas políticas públicas o princípio da equidade, ou seja, quem tem menos vai ter que ter políticas diferenciadas. Quem foi tratado diferenciadamente ao longo de mais de um século, vai precisar de políticas diferenciadas para chegar próximo dos segmentos que têm vantagens.

ABr: O senhor tem alguma expectativa de que haja mais negros no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff?
Inocêncio: Eu acho que ela vai ter um trabalho também porque o Brasil está se descobrindo racista agora. Nós passamos muito tempo ouvindo que o Brasil não tem racismo, mas agora a gente está falando que o Brasil é um país que produz racismo. Lidamos com tema que é tabu. A minha expectativa é que tenhamos mais ministros negros além de Gilberto Gil [ex-ministro da Cultura], Marina Silva [ex-ministra do Meio Ambiente] e Joaquim Barbosa [Supremo Tribunal Federal]. Só é possível entender que o racismo é algo nefasto quando percebemos que as pessoas negras não conseguem ocupar espaços de prestígio e poder. Um dos aspectos mais terríveis do racismo foi tentar afirmar a inferioridade intelectual dos negros. Esse, pra mim, é um dos campos prioritários, o campo do conhecimento e o campo do poder. É fundamental que os negros estejam aí provando que são gente como quaisquer outras e que precisam ser respeitadas também.

ABr: Durante as campanhas para que o Brasil se tornasse a sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, foi dito ao mundo inteiro que este é o país da harmonia. As  teorias sociais que criaram esse conceito prejudicaram a visibilidade do preconceito?
Inocêncio: Inevitavelmente isso [harmonia] não se sustenta. O maior exemplo que a gente tem hoje é essa terrível intolerância religiosa, esses ataques explícitos às religiões de origem africana que nós vemos na mídia todos os dias. Na verdade, a gente tem provas suficientes de que essa cordialidade [conceito do livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda] é muito mais um argumento, é muito mais um discurso que algo vivenciado na prática. Óbvio que existe uma cordialidade sim, mas existe uma contradição. Ao mesmo tempo em que você tem essa cordialidade, existe também uma série de limitações e uma série de preconceitos. Essa visão paradisíaca do Brasil não tem como se sustentar porque, na verdade, está servindo como uma maneira de impedir nossa visão mais ampla em relação às tensões e contradições que a gente tem. Não estamos falando só de racismo, mas tem preconceitos regionais, é um país onde se mata muita mulher, onde a gente está começando a entender a importância de se respeitar as pessoas que estão na terceira idade. Então, essa tese da cordialidade pode ser um ideal, mas ela não se sustenta quando você olha para o dia a dia.

ABr: Como o senhor viu a polêmica recente em torno do livro
Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato?
Inocêncio:  Eu fico frustrado com nossos governantes  porque, às vezes, eles perdem oportunidades fenomenais de estabelecer um grande debate nacional. Essa situação, não só o Monteiro Lobato, mas o que a cultura brasileira produziu de racista não só literatura, mas cinema brasileiro, teatro brasileiro, música brasileira, as artes plásticas brasileiras deram um respaldo significativo aos estereótipos raciais.  Acho que não podemos ter essa arrogância de achar que nós sabemos de tudo, nós somos seres humanos e como seres humanos nós temos a nossas limitações. Arnaldo Jabor saiu em um comentário de rádio dizendo: o que vai ser do “teu cabelo não nega”, “nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia”? Isso, para mim, é um deboche, um escárnio. Achar que isso é lindo, que isso é cultura brasileira. Sim, é cultura brasileira, mas também é cultura preconceituosa, que estigmatiza os negros, assim como a imagem da “nega maluca” no carnaval, assim como o Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto e o seu “samba do crioulo doido”, tudo isso é deboche. São maneiras de desqualificar, de desumanizar os negros. Eu não estou colocando em xeque a competência das pessoas, mas eu estou dizendo o que elas pensaram, e o que foi pensado na cultura brasileira a partir do que se chama de clássico. Toda produção artística existe para ser alvo de reflexão, objeto de discussões. Agora, se existe uma opção que por ser histórica, por ser clássica eu não posso discutir, isso pra mim é um convite à mediocridade.

 

Perita da ONU elogia Plano Nacional de Cultura mas cobra combate à exclusão e à discriminação

Brasília – Após dez dias de visitas ao Brasil, a perita independente no campo dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Farida Shaheed, elogiou hoje (19) o Plano Nacional de Cultura. Para ela, a iniciativa representa um grande avanço na promoção e na proteção dos direitos culturais no país.

“A promoção dos direitos culturais ocupa um lugar privilegiado na agenda do Brasil”, disse, durante coletiva de imprensa. De acordo com Farida, foram dados passos significativos para proteger expressões culturais de grupos marginalizados como os afrodescendentes e os indígenas.

Entretanto, a representante da ONU destacou que ainda há exclusão e discriminação em relação a esses segmentos no Brasil e que o assunto precisa ser abordado de forma eficaz pelo governo. Segundo ela, é preciso adotar todas as medidas necessárias para prevenir futuros atos de intolerância.

“A promoção dos direitos culturais não é uma tarefa fácil, sobretudo em um país grande como o Brasil”, disse.

O relatório sobre a visita de Farida ao Brasil deve ser concluído no início de 2010. O documento será enviado ao governo brasileiro e, em seguida, publicado.

 

Rádios comunitárias de SP discutem futuro da radiodifusão em congresso

 

 Rede Brasil Atual

 

Nos dias 26 e 27 de novembro será realizado na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, o 2º Congresso Estadual da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço). O evento será conduzido pelas discussões em torno da democratização da comunicação e também no fortalecimento da radiodifusão. Só no estado de São Paulo, são 600 rádios comunitárias autorizadas, em operação.

Para Jerry Oliveira, coordenador nacional da Abraço, a realização do Congresso acontece em um período importante para comunicação no Brasil, em que discussões sobre a regulamentação do setor envolvem diversos atores da sociedade, com diferentes opiniões. "Estamos vivendo um momento crítico e decisivo, no qual a rádio comunitária é protagonista", comemora.

Entretanto, ele aponta que é necessário que as rádios comunitárias organizem-se para que possam, junto ao novo governo e ao Congresso Nacional, acompanhar e reivindicar um novo projeto para a comunicação no país. E, posteriormente, articular com os veículos voltados a interesses sociais, açõe conjuntas para combater o que chama de "monopólios midiáticos".

"A gente precisa colocar as rádios comunitárias nas ruas, para defender a posição de que o Brasil precisa de uma outra comunicação. Este é o objetivo do congresso", afirma Oliveira. 

No evento, serão escolhidos os delegados que representarão a Abraço/SP no congresso de radiodifusão de âmbito nacional, a ser realizado no mês de dezembro. Além de concretizar a regularização da entidade, estatutariamente, com a eleição de nova diretoria para os próximos 3 anos.

O Congresso da Abraço será realizado na escola Estadual paulo Koelle, na Rua 12, nº 867, Centro, Rio Claro SP.

As emissoras comunitárias interessadas deverão se inscrever pelos seguintes e-mails: jerry.deoliveira@hotmail.com; abracosaopaulo@hotmail.com


Mais informações pelo blog:
http://www.abracosp.blogspot.com/ ou pelos telefones:  (19) 3739 4600  -  (19) 9731 7632 .

 

Ministério da Cultura promove Encontro Nacional do Livro e Leitura

Brasília - Representantes das cadeias produtiva, criativa e mediadora do livro estarão reunidos hoje (18) e amanhã, no Hotel Imperial em Brasília, para avaliar as políticas do setor e formular propostas para o novo governo. O Encontro Nacional do Livro e Leitura, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), pretende reunir cerca de 150 especialistas, desde promotores de leitura até escritores, como Affonso Romano de Sant’anna, Marina Colasanti e Lygia Bojunga.

No primeiro dia, o MinC fará um balanço de suas ações e apontará os desafios e oportunidades para os próximos anos. Ao final do encontro, amanhã, será feito um documento sobre os desafios para a política de livro e leitura nos próximos quatro anos. O documento será entregue aos ministros da Cultura, Juca Ferreira, da Educação, Fernando Hadaad, e à presidenta eleita, Dilma Roussef.



Acontecerá nesta sexta-feira (19), na Universidade de São Paulo, às 8h, o seminário nacional "Em direção a Cairo +20: Agendas Pendentes e Perspectivas em Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos".

O seminário é uma promoção conjunta da Rede Feminista de Saúde, Faculdade de Saúde Pública da USP e Núcleo de Estudos sobre População da Unicamp (Nepo) e tem o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Na ocasião serão discutidos temas como a saúde integral das mulheres, os direitos sexuais, direitos reprodutivos e o balanço das pendências no cumprimento das ações resultantes da
Conferência Internacional de População e Desenvolvimento ocorrido no Cairo em 1994.

Para mais informações ligue:  00... ou acesse: svalunos@fsp.usp.br



Filme sobre refugiados palestinos no RS abre Mostra de Cinema


 
O filme "Vidas Deslocadas", que conta a história de um casal de refugiados palestinos reassentados no Rio Grande do Sul, abrirá hoje (17), a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, em Brasília, Distrito Federal.

"Vidas Deslocadas" foi produzido em 2009 e dirigido pelo documentarista João Marcelo Gomes. O filme mostra o esforço cotidiano do casal Faez Abbas e Salha Nasser no seu processo de integração no Brasil, onde vivem desde 2007. Faez e Salha chegaram ao Brasil como parte do grupo de 108 refugiados de origem palestina que desembarcou no país entre setembro e novembro de 2007, vindos do campo de Ruweished, na Jordânia, próximo à fronteira com o Iraque.
Para assistir o trailer do filme acesse: http://www.vimeo.com/14391176 ou http://www.grafoaudiovisual.com/movie/vidas-deslocadas/